21/05/2010

o peixe voador...

soube que os habitantes da ilha das flores tem muita dificuldade em comprar peixe... eu repito... (aprendemos grosso modo que uma ilha e um pedaco de terra rodeado por mar)... como nao existe lota o peixe tem que ir para outra ilha e voltar... claro que se vende peixe fresco mas e de forma ilegal... quem faz da pesca o seu sustento tem que o vender na lota... por isso e que a base de alimentacao desses ilheus e a carne... sendo a de porco a mais consumida... outra ironia... a ilha em causa e conhecida por ser criadora de gado para carne... estando o de leite a ganhar forca pelo sucesso da fabrica de queijo... esta tudo doido!!!

2 comentários:

  1. se eu fosse pescador nas flores, mandava o peixe para a lota o tanas, vendia-o sem imposto o que era bom para todos. estes ladrões que nos "governam" já roubam demais e não pagam o peixe que comem..........as lotas são uma vigarice

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  2. Transcrevo um texto do Ricardo Araújo Pereira (GF) que gostei bastante.

    Este país não é para corruptos!
    Em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer.

    Portugal é um país em salmoura. Ora aqui está um lindo decassílabo que só por distracção dos nossos poetas não integra um soneto que cante o nosso país como ele merece.
    "Vós sois o sal da terra", disse Jesus dos pregadores. Na altura de Cristo não era ainda conhecido o efeito do sal na hipertensão, e portanto foi com o sal que o Messias comparou os pregadores quando quis dizer que eles impediam a corrupção.
    Se há 2 mil anos os médicos soubessem o que sabem hoje, talvez Jesus tivesse dito que os pregadores eram a arca frigorifica da terra, ou a pasteurização da terra. Mas, por muito que hoje lamentemos que a palavra "pasteurização" não conste do Novo Testamento, a referência ao sal como obstáculo à corrupção é, para os portugueses do ano 2010, muito mais feliz. E isto porque, como já deixei dito atrás com alguma elevação estilística, Portugal é um país em salmoura: aqui não entra a corrupção - e a verdade é que andamos todos hipertensos.
    Que Portugal é um país livre de corrupção sabe toda a gente que tenha lido a notícia da absolvição de Domingos Névoa.
    O tribunal deu como provado que o arguido tinha oferecido 200 mil euros para que um titular de cargo político lhe fizesse um favor, mas absolveu-o por considerar que o político não tinha os poderes necessários para responder ao pedido.
    Ou seja, foi oferecido um suborno, mas a um destinatário inadequado.
    E, para o tribunal, quem tenta corromper a pessoa errada não é corrupto – é só parvo.
    A sentença, infelizmente, não esclarece se o raciocínio é válido para outros crimes: se, por exemplo, quem tenta assassinar a pessoa errada não é assassino, mas apenas incompetente; ou se quem tenta assaltar o banco errado não é ladrão, mas sim distraído.
    Neste último caso a prática de irregularidades é extraordinariamente difícil, uma vez que mesmo quem assalta o banco certo só é ladrão se não for administrador.
    O hipotético suborno de Domingos Névoa estava ferido de irregularidade, e por isso não podia aspirar a receber o nobre título de suborno.
    O que se passou foi, no fundo, uma ilegalidade ilegal.
    O que, surpreendentemente, é legal.
    Significa isto que, em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper.
    Não é corrupto quem quer.
    É preciso saber fazer as coisas bem feitas e seguir a tramitação apropriada.
    Não é acto que se pratique à balda, caso contrário o tribunal rejeita as pretensões do candidato.
    "Tenha paciência", dizem os juízes.
    "Tente outra vez. Isto não é corrupção que se apresente."

    Até breve.

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