03/08/2009

asdfghjklç

No regresso a casa depois de mais um ensaio, perguntou-me o que me tinha levado para o Teatro... respondi que precisava de “levar na cabeça”... “levar na cabeça?”... sim... lidava mal com a crítica por defeito de personalidade, agravado pelo facto de ser arquitecto... disse-me que nunca ninguém lhe tinha respondido dessa forma, normalmente diziam que era um chamamento interior, um dom, uma nova experiência... acrescentei que ou recorria a um psiquiatra ou então metia-me em algo que estivesse nos antípodas da minha vida... para começar do zero... para "levar na cabeça" por não saber nada de nada e não ter possibilidade de resposta... dizerem-me que estava a fazer mal seria uma verdade indesmentível, a qual teria que aceitar... era o cenário perfeito!!! Falo no Teatro a respeito de uma conversa interessante que tive com gente com o dobro da minha idade... diziam-me - antes as pessoas desempenhavam papeís no teatro que não podiam existir aos olhos da dita sociedade e que hoje como tudo já é permitido, as pessoas já não se refugiam em coisas paralelas... o que me parece bem e foi um passo em termos evolutivos, estou a pensar em questões de orientação sexual, religiosa, política ou qualquer outra opção de vida... Acrescento que hoje toda a gente interpreta um qualquer papel... representa uma qualquer personagem... possui um qualquer alter-ego, sem ter que ir para um palco. A vida é um imenso estrado de madeira interpretativo... ao fim ao cabo não se é verdadeiramente genuíno, na sua relação com o outro e esse outro pode ser tudo aquilo que vocês quizerem... e chegados aqui questiono, mas porquê? Como chegámos até aqui? Tudo reside num sem número de imposições que a sociedade cria e que nos torna nestes seres estranhos... daí a guerrilha constante, o pânico de perder, o sair por cima, maquilhar a vulnerabilidade, a comparação constante... acrescentem na V. mente aquilo que se recordarem e sentirem. O porquê, poderá estar parcialmente respondido, agora como é que chegámos até aqui é que ainda não encontrei a resposta... Quando tinha uns 14/16 anos, li uns livros do Lobsang Rampa e recordo particularmente de um - “A Terceira Visão” e às páginas tantas registei que os tibetanos quando uma criança nascia, subíam ainda mais alto e mergulhavam-na nas águas geladas de um rio... fiquei deveras horrorizado com aquela passagem porque aos meus olhos não entendia o significado... um adulto na altura esclareceu-me que uma criança que sobrevivesse a tal acto estaria em condições de vingar. Talvez seja isso mesmo... não tardará o dia em que iremos mergulhar à nascença os nossos filhos em águas geladas do egoísmo e da hipocrisia e só sobreviverão os mais fortes, os que terão condições de VINGAR, neste mundo cruel e brutal. As outras crianças acabam ali mesmo e não se poderão tornar adultos sensíveis, com afectos, autênticos, que chorem, que sejam solidários, que amem... que sejam humanos PORRA!!! ui..ui... isto está demasiado franciscano!

2 comentários:

  1. Anónimo8/03/2009

    Priminho querido, para teu conhecimento, eu também li a Terceira Visão do Lobsang Rampa. Como eu era bem jovenzinha na época, não me lembro mais de p...a nenhuma, ehehehehe!!! Te amo, Nadir

    ResponderEliminar
  2. ui priminha eu não li merda dessa nenhuma fiz umas trips isso sim mas com outra coisa...coisas de putos. o teatro é uma dessas viagens na pele do outro.
    bjs

    ResponderEliminar