30/03/2012

Por falar em velhos...

O Otelo Saraiva de Carvalho é uma personalidade que para mim tem tanto interesse e importância como a cultura do húmus... mas eis senão quando o homem acorda um dia e diz que se soubesse no que o País se transformaria, não teria feito o 25 de Abril e mais recentemente referiu que as forças armadas deveriam intervir face à realidade em que vivemos... como seria de esperar os seus amigos de campanha vieram à parada dizer que o homem tem várias personalidades (está doido digo eu). Certamente coisas mal resolvidas do tempo das camaratas e às quais nem quero perder o meu precioso tempo. No verão passado tive a oportunidade de participar num belo repasto e como não podia deixar de ser, o tema da política saltou para cima da mesa. Houve uma generalizada opinião (na qual eu me incluía) que defendia que o tempo decorrido para este governo era manifestamente pouco para colocar a casa em ordem, isto é, a estrutura megalómana que suga a alma deste país. Daí a aposta em atacar no que seria mais fácil e imediato. Lembro-me também da outra facção em minoria que dizia que o Passos Coelho basicamente não tinha tomates para atacar as benesses instituídas. Passados estes meses todos já dei a mão à palmatória, não porque pensasse que o nosso primeiro ministro nunca iria por esse caminho, mas porque como era uma tarefa mais árdua, seria reservada para a etapa nº2. Enganei-me redondamente!!! Tudo continua como sempre e já não dá para esmifrar mais aos mesmos de sempre. As leis continuam a ser feitas no silêncio dos corredores da assembleia, com excepções camufladas e bem dirigidas. Por estas e por outras é que os portugueses surpreendem-se com as manifestações e os rumos que elas tomam. Por mim estou convencido que a realidade tende a piorar e as consequências também, por isso lembrei-me do Otelo. Já agora mais um velho, lembro-me também daquele das bochechas descaídas, que largou Angola, Moçambique... etc... como quem larga um cão na berma da estrada, para ir tranquilo para as suas férias douradas... esse falou em tempos no direito à indignação e mais recentemente no direito a "assumir-se". Quanto à primeira é só quando está do lado de cá, do lado de lá levou uma chapadona na marinha grande que se consolou; quanto à segunda de "se assumir"... não percebi. Talvez tenha a ver com o sobrinho dele ou ???. Enfim velhos, que pensam que podem dizer tudo porque a senilidade dá-lhes esse direito. Depois fico neurótico por ver um sem número de jovens que se pavoneiam pelos parlamentos deste pais e que só lá estão por serem filhos de... e terem vindo desses berços da política que são as jotas... bem... basicamente estou confuso!!!

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