22/01/2011

Os Nomes

No fim de semana passado dei por mim a pensar se os nomes que todos nós temos se influenciam a nossa vida, isto é, se a escolha ponderada do nome de cada um de nós em associação com os apelidos da mãe e do pai, terão influência naquilo que nós seremos enquanto seres humanos... por exemplo Sophia de Mello Breyner Andresen só poderia vir a ser uma poetisa; José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa um vendedor de automóveis ou quiça ditador do Aldo Volta e por ai fora. Depois temos o significado, a conotação que cada um de nós tem de determinado nome, lembro-me que quando disse a um amigo qual o nome da minha filha mais velha... riu-se que nem um doido e que jamais optaria por um nome desses para uma sua filha, porque teve uma empregada com o mesmo nome e a inteligência não era a sua principal característica... percebo... eu também não colocaria o nome de GINA a uma filha minha... alguém se lembraria das famosas revistas e estaria condenada ao gozo até ao fim dos dias dela... lembro-me também do nome de Tatiana, ouvi-o pela primeira vez na escola primária no Rio de Janeiro. Reconheço que foi sempre um nome com um certo encanto e melodia para mim, contudo nos dias de hoje jamais escolheria este nome... talvez seja por morar perto de Rabo de Peixe e não por preconceitos de poder vir a ter uma filha dançarina na passarelle. Do mesmo modo temos a conjugação dos apelidos da mãe e do pai, que regra geral não é feita simultaneamente com a escolha do nome próprio, depois é mais um motivo de discussão... ou adopta os dois/três apelidos da mãe e do pai, mais o primeiro ou os primeiro nomes e ficamos com um nome que nunca mais acaba... ou só um de cada... por exemplo José Maria Francisco Bernarda de Athayde Vasconcelos e Mello Bettencourt... só poderá ser alguém com um sangue de cor azul... mas ponham azul nisso... tantos são os nomes rebuscados e escritos diferenciadamente, dois eles, athayde com y e th, bettencourt com dois tês... não é para todos convinhamos... ao longo dos anos e com a miscigenação, os nomes próprios têm sido incrementados e autorizados, o que me parece bem... senão nunca teriamos um Cristiano Ronaldo ou um Ruben Micael... se não sabem quem são... eu digo... são dois cantores de música pimba... quem se lembraria de colocrar o nome próprio de Abdenágo... Quaiela... Rudesindo... Sirla... Xerxes... Zerá... estão a imaginar a mãe de uma criança destas... ÓH ABDENÁGO VEM CÁ, GAROTO DO DIABO!!! Não antevejo um futuro muito feliz a estas crianças... mas pode ser impressão minha... termino com a seguinte pergunta e que espero que Vos deixe tão pensativos como me deixou a mim... será que aquele senhor que morreu assassinado num quarto de hotel em Nova York, se chamasse António Zacarias ou André Felismino, não estaria ainda vivo, intacto e feliz da vida?

1 comentário:

  1. Anónimo1/25/2011

    Priminho,
    Veja bem...eu sou a filha mais velha, depois vem o Armando, a Lininha e a Maria Luiza que faleceu.
    Meu irmão é Armando Carlos: Armando nome do avô paterno e Carlos avô materno. Maria Adelina nome da avó materna. Maria Luiza nome da avó paterna.
    Fato curioso é que eu fui a primeira a nascer e me deram o nome de Maria Nadir, graças a Deus, para sair um pouco dessa mesmisse. Nossos primos também tiveram o mesmo destino.
    Eu gosto do meu nome, também gosto do significado e mas ainda por ser um nome meio raro. Uma dia, quando eu trabalhava na CVRD, eu fiz uma pesquisa na empresa que na época deveria ter em torno de 12.000 empregados e verifiquei que Maria Nadir só tinha eu, hihihi e Nadir só tinham 3.
    E para terminar....você gosta do meu nome???????
    Beijinhos,
    Nadir

    ResponderEliminar