20/11/2009

asdfghjklçº

O vento zunia na chaminé do forno a lenha, como um monstro enclausurado. Nenhum de nós arredava pé... qual o mais aterrorizado... uma aposta é uma aposta, pensamos simultaneamente. A noite de lua nova e as ondas ferozes vergastando a rocha, componham o cenário, dando-lhe aquela envolvente muito particular para este tipo de situação. Rapidamente o efeito do álcool foi neutralizado e tudo parecia muito real. Mas que raio é que nos deu para apostar daquela forma? As nossas encorajadoras testemunhas encontram-se dentro dos carros e as mais afoitas ainda no bar. E ali estávamos nós... qual o mais teimoso?! Desde que chegámos não proferimos uma única palavra, um único som foi emitido e o natural arfar próprio destes momentos não se fazia sentir... Quem nos conhece sabe que quando atingimos este limite dificilmente paramos, tem sido assim desde os tempos da primária e inevitavelmente acabamos juntos... sozinhos... perante realidade~s que ninguém presencia e ousa duvidar. Passaram-se 2 horas e 35 minutos e o barulho de pedras e terra a cair das velhas paredes continua com uma frequência aleatória, associada aos guinchos das ratazanas que não vemos, mas sentimos... O sol está prestes a nascer, o sino da igreja prestes a tocar e a história vai repetir-se... quando acabar o tempo definido, vamos regressar e encontrar os resistentes a dormir dentro dos carros, embrulhados uns nos outros e garrafas... muitas garrafas vazias. Entraremos cada um no seu automóvel e estacionaremos mais tarde, em frente a cada uma das nossas casas, abandonando aquela amálgama de corpos dentro das viaturas, que só se ergueram com o calor do dia.

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